“Fora da cidade eu consegui ver como os russos usam seus banhos. Apesar
do muito frio, eles correram para fora do banho no quintal totalmente nus,
vermelhos como lagostas cozidas, e pularam no rio que estava do lado. Após se
resfriarem o suficiente, corriam de volta para o banho, mas antes de vestir-se,
saíam correndo novamente e ainda por um longo tempo, brincando, corriam nus em
meio ao frio e ao vento. Para banya os russos trazem vassouras de bétula com
folhas e batem com elas em seu corpo, para melhor penetrar a quentura e os
poros abrirem mais. Na Rússia todas as doenças tratam os três médicos.
O primeiro médico é a Banya Russa, sobre que acaba de ser escrito.
Em segundo lugar é a Vodka, na qual bebem como água ou cerveja, todos
para quem permitem o saldo bancário.
E o terceiro é o Alho, qual os russos usam não só como tempero para
todos os pratos, mas comem cru no meio do dia “.
Assim dizem as anotações salvas de um estrangeiro sobre uma viagem a
Moscou. (13 de novembro de 1709).
No início nas banyas banhavam-se todos juntos: homens e mulheres, mas
não em todos os lugares. Nas aldeias desde tempos remotos tomavam banhos em
duas trocas: em primeiro lugar os homens e depois as mulheres e as crianças. O
primeiro vapor sempre era “masculino”. Em 1743 com a ordem do Senado ficou
proibido permitir nas banyas municipais não apenas tomar banho juntos, os homens
com as mulheres, mas também estritamente proibido aos meninos com mais do que 7
anos entrar na banya feminina, e as meninas entrar na banya masculina.
É interessante notar que muitos estrangeiros que estabeleceram-se na
Rússia, transformando seus hábitos quase em russos. Naturalmente, eles se
acostumaram ao banho russo também. Por volta do século XIX nas grandes cidades
surgiram as banyas caras, luxuosamente decoradas, com nivel de excelencia em atendimento e empregados profissionalizados e até com serviço de buffet
excelente. Elas rapidamente se tornaram em uma espécie de clubes para pessoas
ricas. Em Moscou um clube-banya tornou-se famoso, o Sanduny (Sanduny Bath)
onde frequentava toda a nata da nobreza russa e os estrangeiros mais destacados.
É curioso que os estrangeiros que viveram muito tempo na Rússia, e que voltaram aos seus paises de origem passaram a construir suas próprias banyas, com o que
surpreenderam pessoas do sues países.
Especialmente na Alemanha a adoção da banya foi um processo rápido e logo se tornou parte do dia-a-dia o povo germânico. "Mas nós, alemães – escreveu um médico alemão Max
Ploten – tomando este remédio curativo, nem sequer mencionamos seu nome,
raramente lembramos que este passo em frente no desenvolvimento cultural foi graças ao nosso vizinho do leste.” Banhos
começaram a aparecer em outros países, e até um português Antonio Sanshes
chegou a publicar um livro “Obra respeitosa sobre as banhas russas.
Original: Manias e Costumes do povo russo (Texto e foto).
Tradução revisada por Aaron Schor
1 comentários:
Não tem coisa melhor!!
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