Morreu o assunto.
Voltemos a Gilda desse post. Pois bem, Gilda era
uma pessoa que trabalhava em um dos bairros da zona sul da cidade. Durante o
dia prestava serviços de consultora de beleza – trabalhava em um salão - e
durante a noite prestava serviços de acompanhamento.
Nada comum, porém a história da Gilda começa a tomar caminhos ainda mais sui generis quando eu digo que Gilda se chamava na verdade Gilson. Sim, Gilson era travesti e morreu violentamente há dois dias, vítima não apenas de agressão, mas também de violência sexual, em um ponto não muito distante de seu local de trabalho, em uma área das mais movimentados do bairro onde vivia e trabalhava. Gilda virou post desse blog, não apenas por que era um tapa na cara dos protestantes, visto que fazia ponto a 150 metros de uma igreja bem conhecida e tampouco por ter virado ponto de referencia. Era comum as pessoas darem a seguinte informação: “Vai pro Farache? Ah! Entra na segunda rua depois da Gilda!” “Posto de Gasolina? Segundo semáforo depois da Gilda você já vai ver o luminoso.” Gilda virou post do Moshav, porque pode ser a ponta de um iceberg à deriva e muito perigoso.
Não vou me assustar se você disser: Ah! Pediu pra morrer. Já ouvi isso hoje. Também já ouvi um pastor de uma dessas neo-pentecostais bradar do seu púlpito eletrônico que esse é o castigo destinado aos transgressores da Lei. Esquecem esses que “Não Roubarás” também é Lei.
Nada comum, porém a história da Gilda começa a tomar caminhos ainda mais sui generis quando eu digo que Gilda se chamava na verdade Gilson. Sim, Gilson era travesti e morreu violentamente há dois dias, vítima não apenas de agressão, mas também de violência sexual, em um ponto não muito distante de seu local de trabalho, em uma área das mais movimentados do bairro onde vivia e trabalhava. Gilda virou post desse blog, não apenas por que era um tapa na cara dos protestantes, visto que fazia ponto a 150 metros de uma igreja bem conhecida e tampouco por ter virado ponto de referencia. Era comum as pessoas darem a seguinte informação: “Vai pro Farache? Ah! Entra na segunda rua depois da Gilda!” “Posto de Gasolina? Segundo semáforo depois da Gilda você já vai ver o luminoso.” Gilda virou post do Moshav, porque pode ser a ponta de um iceberg à deriva e muito perigoso.
Não vou me assustar se você disser: Ah! Pediu pra morrer. Já ouvi isso hoje. Também já ouvi um pastor de uma dessas neo-pentecostais bradar do seu púlpito eletrônico que esse é o castigo destinado aos transgressores da Lei. Esquecem esses que “Não Roubarás” também é Lei.
Não vou tecer juízos de valores da figura da Gilda, porque
pouco me importa o que ela fazia de sua vida. Não a conhecia, nunca vi a sua
cara. Das vezes que passei à noite na Rua da Saudade, me disseram: “Olha a Gilda!!” O máximo que via
era um corpo envolto na penumbra, sob o arvoredo do Largo de Fátima . O que
está me deixando irritado com essa história toda é que a cada dia ela toma
contornos muito nebulosos e está levando a concepção de certo e errado para o
ralo. E isso vai dar em muita confusão.
Tudo começa com a Lei de Proteção à Criança e ao
Adolescente. Lei que não protege a quem precisa de proteção, beneficia menores
infratores, dando a eles um escudo protetor que não agrada ao cidadão de bem. Como
os autores da morte da Gilda são menores de dezoito anos e não pagarão pelo
crime que cometeram, receberão medidas sócio-educativas (tsc tsc) e serão
soltos em poucos meses. Agravante é o fato que os mesmos delinqüentes já foram
apreendidos por outras “infrações” inúmeras vezes. Além de suspeitas de
envolvimento de casos de intolerância racial. Isso por si só demonstra que a
impunidade incentiva a prática de delitos.
Em nome da moral e bons costumes, grupos religiosos atacam a
vítima e já partem em defesa dos agressores. E não me é estranho quando fiéis
se apresentam com testemunhos de que um dos infratores foi “bolinado” pela
Gilda. Faço as malas e me mudo para o Irã se aparecer um testemunho em nome de
Jesus de algum donzelo que foi seviciado pela Gilda. Só está faltando isso!
Espanta-me então que ao invés de tentar ajudar aos menores com apoio
espiritual, igrejas iniciem uma campanha de apoio ao delito, arrumando
justificativas e indecorosos, nutrindo práticas de preconceito e intolerância.
Isso é um absurdo e revela que há uma carga cínica por trás dessas sociedades,
que sempre se colocam acima do bem e do mal.
Com o advento da nova classe média, igrejas
neo-pentencostais estão perdendo fieis às baldes e espertos como sempre, seus
líderes não tardarão em buscar nas fobias elementos para voltarem a encher suas
burras. Qual o próximo alvo futuro? Mulçumanos? Umbandistas? Judeus?
Por hora, a Gilda é quem paga o pato!
Foto - Columbia Films
3 comentários:
Tenho medo desses fundamentalistas.
Vendo o Titulo, fiquei pensando será, que esse titulo foi inspirado pelo tema da novela de um tempo atrás, e essa gilda é a mulher que aconteceu o incidente que vc deu uns esporros nela hahaha... depois começei a ler e ver do que se tratava, e pra te falar que essa "moda de menores de idade expancarem e até matarem pessoas consideradas diferentes por muitos da sociedade, vem acorrendo em todos os locias, já vi isso acontecer com bebados em banmcos de praça, um casso famoso foi de um indio se não me engano estava dormindo em um ponto de ônibus.
Mas é isso a sociedade e as leis prescisam de muitas mudanças.
Abraços Leco.
Opa Mika!!
Sim amigão, já passou da hore de começar a pressão da sociedade para a mudança desse absurdo que é a tal Lei de Proteção ao Menor e Adolescente.
Luigi, o fundamentalismo é o escudo dos fracos.
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